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Como sair do papel técnico e assumir protagonismo estratégico na liderança executiva
A diferença entre controlar um negócio e liderá-lo está em enxergar onde os números param e as oportunidades começam.
Quem só enxerga números, não vê oportunidades
A trajetória rumo ao C-level exige mais do que domínio técnico. O profissional financeiro que busca posições como CFO, COO ou CEO precisa desenvolver uma visão holística de negócio. Controlar é necessário — mas liderar com impacto é imperativo. Aqueles que se limitam à planilha perdem as nuances do mercado, dos clientes e das decisões que geram valor.
A fábula do amendoim: profissionalização que perdeu o sabor
Seu Ernesto era vendedor de amendoins. Simples, eficiente, com clientes fiéis e negócio sustentável. Seu filho, Caio, retornou da universidade internacional com uma missão: transformar aquele pequeno empreendimento em uma empresa profissional. Implantou processos rigorosos, métricas complexas, software de gestão e dashboards sofisticados.
Mas logo o carrinho ficou vazio. O que havia funcionado por anos se tornou burocrático demais. Os clientes se afastaram. Seu Ernesto, então, disse com calma: “Você controlou tudo, menos o que fazia isso funcionar.”
Essa história — simbólica, mas inspiradora — traz uma das maiores lições para quem busca o topo da organização: é preciso saber onde o controle termina e onde a estratégia começa.
Casos reais: quando a área financeira virou protagonista
1. Netflix — inteligência financeira como motor de crescimento
A área de finanças da Netflix não atua apenas como controle de receitas. Seu time desenvolve análises preditivas que influenciam diretamente o modelo de negócio, precificação, expansão global e retenção de clientes. Aprendizado: dados financeiros devem alimentar decisões estratégicas, não apenas relatórios.
2. Magazine Luiza — da contabilidade à inovação
O Magazine Luiza transformou a área de finanças em braço consultivo da estratégia digital. Com foco em comportamento do consumidor, criou soluções de crédito, pricing e expansão pautadas por dados — mas com forte empatia pelo cliente. Aprendizado: finanças devem conversar com tecnologia, marketing e experiência do consumidor.
3. Starbucks — o valor mora na experiência
Ao enfrentar problemas financeiros, a Starbucks poderia ter optado por cortar custos. Em vez disso, incorporou sua equipe financeira à construção de uma experiência de consumo única. Aprendizado: decisões baseadas em propósito têm poder multiplicador nos resultados.
O novo perfil do executivo financeiro
Para chegar ao C-Level, o profissional precisa evoluir da função técnica para o protagonismo estratégico. Eis os pilares dessa transformação:
- Mentalidade orientada ao cliente e mercado
- Domínio de storytelling financeiro: traduzir números em narrativas que influenciem decisões
- Influência transversal: atuar junto a produto, marketing, comercial e operações
- Capacidade de gerar insights, não só relatórios
- Inteligência emocional e escuta ativa: entender dinâmicas humanas na gestão
O que fazer? abrir espaço para liderança estratégica
O filho do vendedor de amendoins errou ao tentar controlar antes de entender. O mesmo se aplica a muitos profissionais financeiros: é preciso ouvir, observar, compreender o valor, e só então aplicar as ferramentas que transformam operações em empresas sólidas e inovadoras.
O caminho para o C-Level é feito com coragem estratégica, habilidade técnica, e — acima de tudo — visão de negócio.
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Comente abaixo: você já viu o “efeito amendoim” acontecer na sua empresa? Como equilibrar controle com visão de negócio?
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