Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

EXECUTIVOS TAGARELAS: Como falar demais pode afundar sua carreira e custar a liderança

Walter Serer

𝗩𝗼𝗰ê 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗲 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺 𝗲𝘅𝗲𝗰𝘂𝘁𝗶𝘃𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗰𝗮𝗶𝘂 𝗲𝗺 𝗱𝗲𝘀𝗴𝗿𝗮ç𝗮 𝗽𝗼𝗿 𝘂𝗺𝗮 ú𝗻𝗶𝗰𝗮 𝗳𝗿𝗮𝘀𝗲 𝗳𝗼𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗵𝗼𝗿𝗮? 𝗧𝗮𝗹𝘃𝗲𝘇 𝘃𝗼𝗰ê 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮 𝘀𝗶𝗱𝗼 𝘁𝗲𝘀𝘁𝗲𝗺𝘂𝗻𝗵𝗮… 𝗼𝘂 𝗽𝗿𝗼𝘁𝗮𝗴𝗼𝗻𝗶𝘀𝘁𝗮.
No mundo corporativo, falar demais não é só um hábito — pode ser um enorme risco. De reuniões de conselho a postagens impulsivas nas redes sociais, uma palavra no momento errado pode destruir reputações construídas ao longo de décadas.
A fábula hindu da tartaruga tagarela nos lembra: 𝗵á 𝗺𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝘀𝗶𝗹ê𝗻𝗰𝗶𝗼 é 𝗮 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿 𝗽𝗿𝗼𝘃𝗮 𝗱𝗲 𝗹𝗶𝗱𝗲𝗿𝗮𝗻ç𝗮.

Uma única palavra fora de hora pode custar anos de conquistas.

Era uma vez uma tartaruga que vivia feliz em um lago com dois patos muito amigos. Conversava sem parar, sempre com algo a dizer. Mas uma seca fez o lago secar, e os patos decidiram voar para outro lugar. A tartaruga, desesperada para não ficar para trás, pediu que a levassem.

Os patos sugeriram uma solução: ela morderia uma vara no meio enquanto eles segurariam as pontas durante o voo. Havia uma condição: não abrir a boca. A tartaruga prometeu ficar em silêncio, mas ao sobrevoar uma aldeia e ouvir as pessoas zombando, não resistiu e gritou: “Fiquem quietos, seus bobalhões!” Resultado: caiu e morreu.

🔹 Conecte-se comigo no LinkedIn

O que essa fábula nos ensina sobre o mundo corporativo?

No ambiente executivo, saber quando falar e quando calar é uma habilidade essencial. A “tartaruga tagarela” existe em muitas salas de reuniões: o líder que fala demais em negociações estratégicas, o executivo que expõe planos confidenciais ou aquele profissional que não consegue ouvir.

Comunicação eficaz não é sobre dizer mais, mas sobre falar no momento certo e, acima de tudo, saber ouvir. Grandes líderes dominam o poder do silêncio. Eles observam, analisam e só intervêm quando podem agregar valor. Em um mundo hiper conectado, onde uma frase mal colocada pode viralizar e destruir reputações, a importância do silêncio é ainda maior.

Exemplos reais de executivos que caíram por falar demais

Elon Musk (Tesla, 2018): Um tweet sobre fechar o capital da Tesla por US$ 420 acionou investigações da SEC, resultou em multas milionárias e quase custou sua posição como CEO.

John Schnatter (Papa John’s): Comentários racistas durante uma teleconferência com consultores levaram à sua renúncia como CEO da empresa que ele mesmo fundou.

Gerald Ratner (Ratners Group, 1991): Em uma apresentação pública, descreveu seus produtos como “lixo barato”, o que fez as ações despencarem e praticamente destruiu o império de joias construído ao longo de décadas.

Tony Hayward (BP, 2010): Após o desastre ambiental no Golfo do México, declarou publicamente: “Eu quero minha vida de volta.” A declaração foi vista como insensível e contribuiu para sua saída da empresa.

Anthony Weiner (político norte americano): Embora não seja um CEO, suas declarações e comportamentos públicos inapropriados mostram como a falta de autocontrole pode arruinar carreiras de liderança.

🔹 Clique aqui para conhecer o serviço de Mentoria e Coaching Executivo

Recomendações práticas para líderes

  1. Pratique escuta ativa: Ouça para compreender, não apenas para responder. Faça perguntas abertas e valide o que foi dito antes de opinar.
  2. Use o silêncio como ferramenta: Pausas estratégicas podem ser mais poderosas do que qualquer argumento em uma negociação.
  3. Gerencie emoções: Evite falar quando estiver emocionalmente carregado. Raiva e ego são inimigos da comunicação eficaz.
  4. Planeje sua comunicação: Em apresentações, reuniões ou entrevistas públicas, antecipe perguntas difíceis e defina o que pode ou não ser dito.
  5. Cuidado com o excesso de transparência: Nem toda informação precisa ser compartilhada. Líderes eficazes sabem o que dizer e quando.
  6. Invista em treinamento de comunicação: Media training e coaching podem ajudar a evitar declarações desastrosas.

E você?

Quantas vezes você quase abriu a boca na hora errada? Da próxima vez, lembre-se da tartaruga… e morda firme a vara.

Deixe seu comentário