Em um templo discreto da Tailandia, uma estátua coberta de barro e esquecida por séculos revelou-se, por acaso, uma obra-prima de ouro maciço. Essa descoberta não é apenas um episódio histórico fascinante — é também uma metáfora poderosa sobre o que se esconde dentro de muitos líderes e profissionais no mundo corporativo: um valor imenso, camuflado por medos, exigências e aparências.
Neste artigo, convido você a refletir sobre 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁á 𝗮𝗱𝗼𝗿𝗺𝗲𝗰𝗶𝗱𝗼 𝗲𝗺 𝘀𝘂𝗮 𝗹𝗶𝗱𝗲𝗿𝗮𝗻ç𝗮, quais talentos estão encobertos por camadas de proteção… e como a 𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝗿𝗶𝗮 𝗲𝘅𝗲𝗰𝘂𝘁𝗶𝘃𝗮 pode ser o catalisador que revela o brilho que há em você — e na sua equipe.
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Às vezes, o que mais reluz em nós está justamente onde menos se olha
A fábula real do Buda escondido
Em um templo modesto de Bangkok, durante anos repousou uma estátua budista coberta de barro e gesso. Sem valor aparente, era tratada com respeito, mas sem alarde. Até que, em 1955, durante uma mudança, a estátua caiu e rachou. O que se revelou por baixo da camada grosseira surpreendeu o mundo: uma majestosa imagem de Buda feita de ouro maciço, com mais de 5 toneladas.
A estátua havia sido disfarçada intencionalmente séculos antes, por monges que temiam que o ouro fosse saqueado por invasores. O que era proteção, virou esquecimento. O valor real ficou escondido por mais de 200 anos, até que um acidente revelou sua verdadeira natureza.
Por que essa história importa no mundo corporativo?
Em muitas empresas, há líderes, talentos e potenciais tão preciosos quanto o Buda de Ouro — mas encobertos por camadas de medo, disfarces e convenções.
Essas camadas, que podem vir de traumas organizacionais, culturas punitivas, inseguranças ou simples conformismo, escondem o brilho das pessoas. Funcionários e executivos que, por sobrevivência, se adaptam ao ambiente de maneira defensiva, muitas vezes sufocando sua criatividade, autenticidade e coragem.
🔸 Quantos profissionais brilhantes você conhece que não se mostram por inteiro?
🔸 Quantos líderes estão presos a modelos engessados, repetindo fórmulas que não fazem mais sentido?
🔸 E quantos executivos, mesmo em posições de poder, sentem que estão longe do seu verdadeiro propósito?
O barro corporativo que encobre nosso valor
A metáfora é poderosa: o barro é o que nos protege, mas também . No mundo corporativo, esse barro pode assumir várias formas:
- Medo de errar – que bloqueia a inovação e o aprendizado.
- Síndrome do impostor – que afeta mesmo os profissionais mais experientes.
- Cultura de resultados a qualquer custo – que reprime emoções, ética e humanidade.
- Egos inflados – que substituem a escuta por imposição.
- Falsas armaduras de autoridade – que afastam a vulnerabilidade e o autoconhecimento.
Ao longo da carreira, aprendemos a nos moldar a essas estruturas. Mas será que, ao nos adaptar demais, não estamos sufocando o que há de mais valioso em nós?
Casos reais: quando o brilho aparece
Durante minha trajetória como mentor e coach executivo, presenciei diversas “revelações de ouro”. Compartilho dois exemplos (mantendo a confidencialidade dos nomes):
- Executiva de RH, extremamente técnica, reservada e metódica. Ao longo do processo de mentoria, emergiu sua paixão pela escuta, pela mediação e pelo cuidado com as pessoas. Ao se libertar da obrigação de “ser a racional da sala”, passou a ser reconhecida como uma ponte de confiança entre liderança e time.
- CEO que acumulava funções, decisões e estresse. Sua crença era: “Se eu não fizer, ninguém faz direito.” Ao trabalharmos juntos, ele percebeu que seu controle era fruto de medo — e que a confiança na equipe era sua principal chave de expansão. Resultado: mais tempo para decisões estratégicas e um time mais engajado e autônomo.
Essas transformações não aconteceram da noite para o dia. Mas começaram com uma pergunta essencial: “O que em mim está sendo coberto por barro?”
O papel da liderança como reveladora de ouro
Se você é gestor ou ocupa posição de influência, sua missão vai além de atingir metas: você é responsável por criar um ambiente onde o ouro possa emergir.
🔹 Você reconhece o potencial escondido da sua equipe — mesmo quando ele ainda está encoberto?
🔹 Você oferece escuta e segurança psicológica para que seus liderados possam se mostrar com autenticidade?
🔹 Você também permite que seu próprio ouro venha à tona — mesmo que isso exija vulnerabilidade?
A liderança do futuro não será mais sobre controle e comando, e sim sobre desbloquear o melhor das pessoas, a partir de um lugar de confiança, presença e coragem.
Recomendações práticas para revelar o seu ouro (e o dos outros)
- Pratique a escuta profunda: pergunte mais, presuma menos. Às vezes o que a pessoa precisa é ser ouvida para florescer.
- Crie espaço para testes e erros: o medo de falhar é uma das maiores camadas de barro corporativo.
- Compartilhe sua jornada: fale de seus próprios aprendizados, inseguranças e mudanças. Você inspira mais pelo que revela do que pelo que esconde.
- Faça perguntas poderosas: “O que em você está adormecido?”, “O que está reprimido por medo?”, “Quem você seria se se permitisse mais?”
- Busque apoio externo: mentoria, coaching e grupos de confiança são ambientes férteis para o autodesenvolvimento genuíno.
E ficam as questões:
Quantas toneladas de ouro corporativo ainda estão escondidas por trás de máscaras, planilhas e formalidades?
Quantas lideranças poderiam brilhar se deixassem cair suas armaduras?
E você — qual parte de si mesmo está coberta de barro, esperando ser revelada?
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