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“SOFT SKILLs” EM AÇÃO: O que a fábula das três línguas ensina sobre carreira e liderança

Você já parou para pensar que são justamente as suas soft skills que mais influenciam sua carreira – e não o que você tem no currículo técnico?

Enquanto muitos apostam todas as fichas no domínio técnico, os profissionais mais admirados – e promovidos – têm algo em comum: sabem ouvir, negociar, conectar, influenciar.
Leia, reflita e veja o quanto isso também se aplica à sua jornada.

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Saber falar é importante. Mas saber quando, como e para quem falar é o que diferencia o bom do excelente

A Fábula das Três Línguas

Conta-se que um nobre levou seu filho adolescente a um velho sábio para que ele aprendesse as línguas mais importantes da época: latim, grego e hebraico. O menino ficou anos sob os cuidados do mestre, estudando dia e noite.

Ao final do aprendizado, o pai volta para buscar o filho e pergunta:

— “Então, meu filho aprendeu as três línguas?”

O sábio responde:

— “Sim, mas não exatamente como esperava. Ensinei-lhe três formas de usar a língua:

  1. Para falar com os homens.
  2. Para falar com os reis.
  3. Para falar com os cães.”

O pai, indignado, questiona o terceiro ponto. Falar com cães?

O sábio responde: — “Hoje, talvez pareça inútil. Mas, um dia, ele vai entender o valor disso.”

Anos depois, o jovem se envolve em uma intriga palaciana e é condenado injustamente à morte. A caminho do enforcamento, pede para se despedir do rei. Ao falar com sabedoria e respeito (a segunda língua), convence o monarca de sua inocência. O rei, então, o liberta — mas seus inimigos o perseguem. Fugindo, ele se vê encurralado por cães de guarda. Sem armas ou defesa, usa a terceira língua: abaixa-se, faz sons e gestos amigáveis — e consegue acalmar os animais.

Ele sobrevive. E compreende, enfim, o que havia aprendido: saber “latir” pode salvar sua vida.

Por que falar disso no mundo profissional?

Essa fábula, tão simples quanto poderosa, traz à tona um tema central no desenvolvimento de carreiras e da liderança contemporânea: as soft skills.

Durante muito tempo, o foco esteve nas habilidades técnicas — idiomas, diplomas, certificações, softwares. No entanto, profissionais e líderes que se destacam hoje são aqueles que dominam as nuances da comunicação, da empatia, da inteligência emocional e da adaptabilidade.

Saber falar com os homens é o básico — a comunicação clara, direta, assertiva. Saber falar com os reis é a arte da diplomacia, da escuta estratégica, da influência. Saber falar com os cães é compreender e acolher o outro no seu nível, com empatia e instinto.

Quantas decisões são tomadas com base em como alguém se posiciona, se expressa ou reage sob pressão? Quantas portas se fecham não pela falta de competência, mas pela falta de consciência relacional?

Aplicações no cotidiano corporativo

1. Reuniões e apresentações

Saber traduzir ideias técnicas para públicos diversos (como a liderança, o time de operações ou o cliente final) exige flexibilidade de linguagem — a tal habilidade de “falar com os homens e com os reis”.

2. Gestão de conflitos

Diante de um confronto, “latir” pode significar acalmar ânimos, escutar mais do que falar e encontrar terreno comum. Não se trata de submissão, mas de sabedoria.

3. Liderança de equipes

O líder que compreende o momento de cada membro do time, que sabe adaptar seu discurso à maturidade emocional e técnica de cada um, constrói confiança e gera engajamento. Isso não se aprende em MBAs — é campo das soft skills.

4. Networking e influência

Falar com os “reis” do mercado não é bajular — é saber se portar, escolher o tempo certo para pedir e, acima de tudo, ter clareza sobre o que se quer. É presença executiva.

Exemplos reais

✦ A CEO empática

Uma executiva de uma multinacional ouviu, durante uma demissão em massa, o desabafo emocionado de um colaborador que cuidava da mãe doente. Ela o ouviu com genuína atenção, acolheu seu relato, garantiu apoio da empresa — e essa atitude foi o fator de virada que preservou a reputação da liderança e da marca.

Ela usou a terceira língua.

✦ O analista técnico que virou líder

Ele era brilhante tecnicamente, mas introvertido e direto demais. Com orientação de um mentor, aprendeu a ouvir melhor, a se expressar com empatia e a adaptar sua linguagem. Em dois anos, foi promovido duas vezes.

Ele aprendeu a falar com os homens — e depois com os reis.

Recomendações para quem deseja desenvolver suas soft skills

  1. Pratique escuta ativa. Não ouça para responder — ouça para compreender. Muitas vezes, o que não é dito é mais importante.
  2. Aprenda a adaptar sua linguagem. Cada público exige um tom, uma abordagem. Falar difícil pode afastar; falar simples pode aproximar.
  3. Desenvolva empatia estratégica. Ser empático não é ser “bonzinho”. É saber se colocar no lugar do outro com inteligência — para se conectar melhor e influenciar com propósito.
  4. Invista em feedbacks constantes. Pergunte: “Como você percebeu minha fala?” ou “Fui claro para você?” — esse retorno lapida sua comunicação.
  5. Não subestime a intuição social. Algumas situações pedem mais sensibilidade do que lógica. Confie no seu instinto — e treine-o com observação e autorreflexão.

Saber utilizar a linguagem correta salva carreiras

No mundo atual — complexo, ambíguo e hiperconectado — as palavras certas, ditas no momento certo, com a intenção certa, fazem toda a diferença.

Mais do que falar idiomas, precisamos falar com pessoas.

E, como o jovem da fábula, talvez a habilidade mais valiosa seja aquela que não está no currículo, mas na nossa forma de nos relacionarmos com o outro — em qualquer situação.

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