𝗩𝗼𝗰ê 𝗷𝗮 𝘀𝗲 𝘀𝗲𝗻𝘁𝗶𝘂 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗽𝗿𝗲𝘁𝗮𝗻𝗱𝗼 𝘂𝗺 𝗽𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗻𝗼 𝘁𝗿𝗮𝗯𝗮𝗹𝗵𝗼?
Mesmo em tempos de discursos sobre autenticidade e cultura saudável, o teatro corporativo continua em cena. Fingimos. Nos adaptamos. Trocamos máscaras.
Mas a pergunta persiste: 𝗶𝘀𝘀𝗼 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 é 𝗻𝗲𝗰𝗲𝘀𝘀á𝗿𝗶𝗼? 𝗢𝘂 𝗲𝘀𝘁𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗱𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗱𝗶ç𝗮𝗻𝗱𝗼 𝘁𝗮𝗹𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗼 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗻𝗱𝗲𝗿 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝘀𝗼𝗺𝗼𝘀?
Neste artigo, mergulho nas causas e consequências desse comportamento — e nas possibilidades de uma liderança mais real e poderosa.
Todos os dias, milhares de profissionais vestem suas mascaras antes do crachá
Essa ironia percorre corredores, open spaces e salas de videoconferência. Apesar de todo discurso sobre autenticidade e cultura inclusiva, o teatro corporativo segue em cartaz — com figurinos impecáveis, scripts ensaiados e aplausos discretos por sobrevivência.
Mas afinal, por que ainda fingimos no mundo corporativo? E mais importante: o que isso custa para as pessoas e para os resultados?
O preço da máscara
Desde cedo, aprendemos que “imagem é tudo” — e no universo corporativo, essa crença ganha força. Muitos profissionais colocam máscaras para:
- Parecerem mais confiantes do que realmente estão.
- Ocultarem dúvidas, vulnerabilidades ou exaustão.
- Aderirem ao “jeito da empresa” mesmo quando vai contra seus valores.
Fingir se torna um mecanismo de defesa, uma armadura contra julgamentos e fragilidades percebidas. Só que há um custo.
Como mentor executivo, vejo com frequência líderes brilhantes que, por anos, atuaram em personagens que não eram seus — e pagaram com ansiedade, burnout e perda de propósito.
A metáfora do ator corporativo
Imagine um ator que nunca pode sair de cena.
Ele interpreta o profissional ideal: resiliente, sempre positivo, estrategicamente político. Mas fora do palco, está exausto. Sua essência foi esquecida nos bastidores. É assim que muitos executivos vivem. E o aplauso, quando vem, é vazio.
Por que continuamos fingindo?
Mesmo em culturas modernas e abertas, há três razões principais:
- Medo de julgamento Vulnerabilidade ainda é confundida com fraqueza. Assumir que não se sabe algo ou que se errou pode ser visto como risco à carreira.
- Ambientes que premiam performance acima de autenticidade “Seja você mesmo… desde que bata as metas.” Quando o resultado é rei, muitos escolhem o silêncio e o conformismo.
- Falta de líderes que liderem com verdade Líderes que fingem geram equipes que fingem. O exemplo vem de cima — e o ciclo se perpetua.
Quando a autenticidade entra em cena
Empresas como Patagonia, Natura e Nubank vêm apostando em lideranças que priorizam a escuta real, a diversidade de pensamentos e a transparência emocional. O resultado?
- Maior engajamento
- Redução de rotatividade
- Inovação mais espontânea
- Times com senso de pertencimento
Autenticidade, aqui, não é fragilidade. É potência.
Casos reais de transformação
📌 Um CFO que mentorei revelou que, por anos, se sentia “um personagem no cargo”. Ao se permitir vulnerabilidade, começou a liderar com mais humanidade e descobriu que sua equipe estava esperando exatamente isso: alguém real, não perfeito.
📌 Uma diretora de RH de uma multinacional brasileira decidiu contar ao time que fazia terapia — e abriu espaço para um programa de saúde emocional que hoje é referência interna.
Esses são exemplos de coragem silenciosa — e transformadora.
Como começar a ser quem você é, também no trabalho
- Reconheça suas máscaras. Onde você mais finge? Em que situações seu tom de voz, postura ou discurso mudam por pressão?
- Converse sobre isso com alguém de confiança. Mentores, pares ou coaches ajudam a ampliar a consciência e traçar caminhos de ação.
- Lidere pelo exemplo. Quando você compartilha erros e mostra sua humanidade, dá permissão para que outros façam o mesmo.
- Cuide da cultura. Ambientes seguros são construídos com ações coerentes e espaço real para o diferente.
E você?
Prefere ser promovido por aquilo que finge ser — ou respeitado por quem realmente é?
No fim das contas, o mundo corporativo não precisa de mais máscaras. Precisa de líderes com coragem de ser inteiros. Porque fingir, dia após dia, talvez seja o maior desperdício de talento da nossa era.
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