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O Futuro da Liderança: Por Que o Mundo Corporativo Precisa de Líderes com Propósito 0808I

Durante décadas, liderar era sinônimo de foco em metas, controle absoluto, cobrança constante e distanciamento emocional. Mas o jogo virou. Descubra por que líderes com propósito são os que realmente transformam equipes, negócios — e vidas.

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Durante muitos anos, o modelo dominante de liderança foi o do comandante infalível: foco em metas, controle absoluto, cobrança constante e distanciamento emocional. Esse estilo produziu resultados em contextos altamente hierárquicos e previsíveis. Mas o mundo mudou. E com ele, mudaram as pessoas, as relações e o que se espera de quem lidera.

Hoje, ser um bom gestor não basta. As empresas e as equipes precisam de líderes com propósito. Líderes que saibam equilibrar resultados com humanidade. Que inspirem, escutem e provoquem transformações reais.

Falo disso com propriedade, porque vivi essa transição na pele: de CEO focado em KPIs a mentor de executivos dedicado a desenvolver gente.

Neste artigo, compartilho porque acredito que o futuro da liderança passa pela reconexão com o que é essencial: o sentido do que fazemos e o impacto que deixamos nas pessoas.

O modelo antigo: eficiência sem conexão humana

Nos meus anos como CFO e, depois, como CEO de grandes corporações multinacionais, fui treinado para entregar resultados. A métrica era clara: performance, produtividade, crescimento. E eu entregava. Mas, como muitos líderes da minha geração, fazia isso com foco exclusivo nos números.

Aos 34 anos, era CFO de uma gigante global. Sabia tudo de fluxo de caixa, EBITDA e valuation. Mas não entendia nada de escuta, empatia ou cultura de time. Achava que liderar era mandar bem e cobrar melhor. Até que a vida se encarregou de me ensinar outra coisa.

Fui demitido. Um golpe duro, mas essencial. Ali começou minha jornada de ressignificação da liderança.

A virada: liderança com propósito

Com o tempo, fui compreendendo que liderar não é controlar. É inspirar. Não é gritar por resultado, mas construir junto. É desenvolver pessoas e deixar um legado que, de fato, ultrapasse a entrega trimestral.

Na minha passagem por empresas como a GE, Black & Decker, Valeo, TI Group, Syncreon e Ingersoll Rand, vi que os times mais performáticos não eram os mais pressionados. Eram os mais conectados a um sentido. Quando as pessoas sabem o “porquê” do que fazem, a energia muda. O engajamento é outro.

Na Trane Technologies, conseguimos elevar o engajamento de 18% para 85% em três anos. Os resultados vieram: crescimento de 40% em vendas, aumento de 120% no EBITDA. Mas o maior ganho foi humano: ver as equipes voltarem a acreditar na empresa e em si mesmas.

Por que o propósito se tornou tão urgente

Nunca se falou tanto sobre bem-estar, diversidade, escuta ativa, empatia e significado. Isso não é uma moda passageira: é uma demanda das novas gerações, do mercado, da sociedade.

O líder que ignora isso está em contagem regressiva. Funcionários não querem apenas um salário. Querem pertencer, evoluir, contribuir para algo maior. Investidores estão atentos a ESG e governança. Clientes valorizam marcas com valores. O mundo pede uma liderança mais consciente.

E é aqui que entra o papel dos mentores e coaches executivos.

O papel da mentoria e do coaching na formação de novos líderes

Depois de mais de 30 anos no topo do mundo corporativo, decidi direcionar minha experiência para ajudar outros profissionais a encontrarem seu melhor caminho.

Hoje, como mentor e coach executivo, acúmulo mais de 4.000 horas de desenvolvimento de líderes. O que vejo, recorrentemente, é:

  • Líderes altamente competentes, mas emocionalmente despreparados;
  • Profissionais técnicos brilhantes, mas inseguros quando o assunto é engajar pessoas;
  • CEOs que nunca tiveram com quem conversar sobre suas dúvidas e dilemas.

A mentoria preenche essa lacuna. Gera autoconhecimento, convida à reflexão e, além disso, oferece ferramentas para uma liderança mais consciente, madura e humana. Mentores e coaches atuam como pontes entre o que o líder é hoje e o que ele pode se tornar.

Quando a dor ensina o essencial

Minhas maiores lições de liderança não vieram de MBAs, conselhos administrativos ou balanços trimestrais. Vieram da dor. Perder minha esposa — e anos depois, minha filha — me ensinou mais sobre empatia, resiliência e presença do que qualquer sala de reunião.

Essas experiências me mostraram que liderar também é cuidar. É perceber o outro como ser humano, com medos, sonhos e limites. E é exatamente por isso que líderes precisam de apoio. Ninguém atravessa tempestades sozinho.

É nesse ponto que a mentoria ganha uma dimensão ainda mais valiosa: ela humaniza o topo. Abre espaço para escuta, reinvenção e construção de um novo olhar sobre o papel do líder.

Um convite à liderança com alma

Hoje, mais do que nunca, precisamos de líderes que se conectem com o futuro, mas que não percam o contato com a essência. Que saibam tomar decisões difíceis sem perder a sensibilidade. Que consigam gerar lucro e, ao mesmo tempo, deixar um legado de crescimento humano.

Você não precisa ter todas as respostas. Mas precisa estar disposto a fazer as perguntas certas — sobre si mesmo, sobre sua equipe, sobre o impacto que deseja causar no mundo.

Esse é o novo chamado da liderança. E ele começa dentro de cada um de nós.

E daí…

Talvez você esteja lendo este artigo e se reconhecendo no líder que foca apenas em entregas. Tudo bem. Todos já fomos esse líder. O que importa é o que você faz com essa consciência agora.


Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre o futuro da liderança bem como como liderar com propósito para transformar resultados em legados duradouros? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Walter Serer
https://walterserer.com.br
https://www.linkedin.com/in/walter-serer-86717b20/

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